25.11.09

Dedalha na gatilha



Billy the Kid? Não não não,
Billie the Girl!


Yes, tipo Billie Holiday, yes Billie Jean, Edith Piaf yes, no holofote ou no subúrbio,
Salve grande Elis, salve grande Cássia,
Dona Ivone e Lara, de pé no chão,
A princesa Dragão e as dez filhas-demônios, devotas do Buda,
Iemanjá e Iansã, dançando a natureza.


A galega minha mãe, primeira deusa,
As caboclas minhas vós, deusas ancestrais
Todas as mestiças do meu Brasil varonil!
Mulher brasileira, broto da juventude humana!


As preta véia tudo com seus olhos de estrelas,
As batchan com o gohan na mesa,
Pele de árvore, pele de pedra, pele de mármore
Tipo mama África,
Assim mama Gaya!


Ele lutar com ela é virar queijo suíço,
Na certa um tiro no próprio pé, ou no próprio umbigo!
Salve BNegão!


Quando ela passa,
É a sombra da águia,
O som da água
O olho da onça!


Quando ela passa, eu nasço, vivo e danço.


23.11.09

nós mesmos


Na imensidão do mundo e dos universos,
Das estrelas majestosas da visão
À velocidade ascendente do espírito.

Em meio às tormentas seculares,
À densidade dos ruídos, multidões.
Ouvindo tantas línguas e vozes,
Escuto nítido som.

Uma voz pura e sincera me chama,
Para o alto e á frente”!
Emergida da terra me chama
Para um jardim.

Lá vejo o mar de flores,
Que sinto no coração.
E tu, ó amada, me diz sincera:
É nosso! Para todo o sempre é nosso!

E assim de mãos dadas caminhamos,
Valentes e devotados à dádiva da Terra.
 

Abertura


Na Chave de um poema
O desejo e a reflexão
Tilintar do silêncio, e o pulso.
Tudo o que passou, o que será,
E o que é.

Também uma ponta de solidão,
Na ponta do iceberg.

Os segredos abertos das flores,
A lonjura e a imensidão das estrelas,
Pequeninas.

Nós também pequeninos,
Menores que as formiguinhas.
E a possibilidade de um coração
Mais vasto que o céu.

para Evas
 

13.11.09

um dia de novembro




Eros e Tanatos
13º Sarau da MATILDE, sexta feira 13! novembro de 2009



Essa única essência tu tocas,
Em tais palavras que te olham,
E se oferecem.

Nosso refúgio é sagrado,
Tão simples quanto a grama nascendo;
As folhas que caem aos ventos,
Os brotos de novo a coroar as árvores.

Mas até onde vai tanta ousadia,
Ó juventude?
O desejo não cessa, só retorna.
O eterno retorno.

Somos tantos num só que é sempre um mistério:
O momento da partida, o novo herói.
O nascer e morrer dos seres,
A cada instante sublime.

Brinquedos de caos em eterna formação:
A certeza e a necessidade do sol.
A transmigração da lua em fase articuladas,
De brilho, esplendor e escuridão.

A vista das cidades segue longe,
Em horizontes em fuga, a dança da lua à luz-lança:
Palco de dramas de um coração vagabundo,
Sempre em busca do espírito altaneiro de si mesmo.

Quantas vezes mirei lua com o olhar?
Quantas vezes olhei pra lua em desejo a ti?
No fundo só quero a ti,
Maravilhoso desejo de vida.

O sorriso da criança,
A satisfação do trabalho,
A beleza tua, ó mulher,
És incomparável!

A passos lentos caminha firme o mundo,
Giras no espaço incansável Gaya, terra de mares.
Desde que toquei seu corpo tenho despertado para ti,
Para tua voz e tua dança e tua arte;
Te percebo em muitas, infinitas personalidades.

Os encontros e desencontros levo embora todos,
Amarrados numa rede.
E a jangada segue pelo mar,
Conduzida sempre por quem sabe guiar.

10.11.09

fluxo e desejo



Fogo que respira mergulha na terra,
é assim que giras!

9.11.09

Neruda



Cuando yo muera quiero tus manos em mis ojos.
Quiero la luz e el trigo de tus manos amadas.
Pesar uma vez más sobre mi su frescura,
Sentir la suavidad que cambió mi destino.


5.11.09

2-4-3-3



Entre os fluxos dos dias, vivemos
As aventuras e o mar da vida.

Não que seja sempre graciosa, ó vida,
Como o é a criança.
Mas sempre emocionante:

Os desafios da juventude.

E então ver o mar do céu,
Eu deslizando e avançando
Contra os ventos cortantes.

Ao longe a terra, que se aproxima.
Na curva do horizonte,
O grande navio gira.