23.2.13

A tempestade (estórica)


História, sempre o estandarte
da bandeira, o motivo da trombeta,
ou o tapete do chão.

A vassoura que governa
pra debaixo varre, chão de giz,
pó de estrelas, paz e guerra.

 “Meu reino por um cavalo!”
“Aos vencedores as batatas!”
Viver perigo, viver com dor.

Água derramada cobra d’água,
mais pro fundo sempre.
Sangue seco e fresco grão.

Das sementes da terra Mil histórias,
Microhistórias, submundo errante,
transbordante ventania.

Grandes sintomas sonoro dramáticos,
revolucionários de mil orquestras
para cada ouvido solitário.

Conta uma estória Vó?
Bate palma pra vovó cantá.
Conta uma estória Vô?
Então busca o cachimbo pro vô pitá.

As aves e os bichos, a peste e a fome,
Tudo isso é vida, tudo são artes,
são vícios, experiências e libertações.

Mas a história que mais gosto é a dela,
Que me tem todo pra si só com teu olhar,
Vida minha sou seu,
teu sol, meu mar.