Malditos comunistas!
Querem mexer com o dinheiro alheio,
quiçá com minhas contas suíças!
Cabrones, não passarão!
Que me importam 54 milhões?
Como se não fossemos nós os mestres da arapuca,
os donos da razão?
Se temos com nosoutros bons companheiros
consagrados moroalistas
de pequeno burguês uma boa rapa
e a rede bobo de televisão!
Comunistinhas de merda!
A começar por aquele velho Prestes,
E aquela pohha loka do Marighella!
Se, desde muito antes dessa história toda,
nossos tataravós já picavam trilha,
batiam estaca
e levantavam as cercanias dessa terra.
Dizem que é dinheiro público,
e não de consagrados trustes
e sofisticados cartéis,
centenárias tocaias e embustes.
Afinal, o que é público,
de todos, é de ninguém.
Porque aqui é o país do negócio
e aqui cidadania não tem vez.
AME-O OU DEIXE-O
VAI PRA CUBA!