Acelerando desenfreado pela cidade
(por chão, por terra, por ar, por onde,
em qualquer percurso,
a paixão pelo artifício se fizer necessidade)
E, de repente, uma paisagem,
uma moça bonita, uma flor,
o pássaro que canta toca uma música na cabeça,
a fauna e a flora.
O que é atual vira presente,
e o presente uma dádiva.
E se esquece que a máquina range,
no sono da morte,
e abre os olhos, ouvidos, buracos,
para ouvir bem a vida,
o sonho da vida.