4.10.12

Pisando no freio


Acelerando desenfreado pela cidade

(por chão, por terra, por ar, por onde, 
em qualquer percurso, 
a paixão pelo artifício se fizer necessidade)

E, de repente, uma paisagem, 
uma moça bonita, uma flor, 
o pássaro que canta toca uma música na cabeça,
a fauna e a flora.

O que é atual vira presente, 
e o presente uma dádiva.

E se esquece que a máquina range,
no sono da morte, 

e abre os olhos, ouvidos, buracos, 
para ouvir bem a vida,
o sonho da vida.