28.10.12

Anagrama quase


metamorfose

fenomeno reta
Metafora efêmera
Amor meta

Otto é a medida de Ana

Poesia Concreta


Arquitetura
Arte que dura.

25.10.12

Anjos cardeais


Pontos.
Vetores.
Fluxos.
Platôs.

Leste, oeste, norte, sul.

Oriente, ocidente,
América, África.

Iluminação. Deus.
Rizoma. Algoritmo.
Algo ritmo, algo rítmico.

Ártico Antártida Magma.
Iemanjá, cálice, cálida.

Pó de estrelas.
Chão de giz.


Correspondência


O Estado é
uma grande empresa,
pedra de toque,
registro da terra.

O nômade não para,
sempre avança,
lapidante passo de dança,
água maremoto terra.

E ambos respiram o mesmo ar,
que venta as pegadas,
os riscos, as cercas,
que produz ondas,

Sal do mar,
e máquinas de guerra.

Brilhante


Origem?
Estrelas.

Destino?
Ser queimado pelo sol.

Qual o problema com a solidão?
O ovo e a galinha, 
Fênix, 
Sol lindão.

24.10.12

Aliança


Algoritmo
Algo ritmo
algum ritmo
uma sequência
numa sequência
n uma sequência
n múltipla sentença
uma sentença
encadeada
cadeira
mapa
máquina
bandeira

Tu


demasiada beleza escrita
evidencia invisível nu.

Livre leve solto engole,
e denso peso teso dança
e regurgita

Aguda gravidade


Àqueles que voam o voo mais alto,
mais bonito,
mais rasante salto,

de um sonho,

mas nem todos voam,
todos caem,
todos tombam,

da distância mais alta vida,
até o seio da morte amada terra.

Catedral do artista nômade


Din din no bolso
Din din no sinin
Jin jin na cachoeira

Para levar a vida suave,
suada,
no sapatin.

Tatuagem


A escrita, A designa,
o registro, O desenho,

A luta pela consciência
contra a amnésia

A (im)possibilidade
de um registro efetivo;

antes a efetivação de
uma tradução afetiva.

4.10.12

Menina moça


Fragilidade e pureza, 
Agressividade feroz,
aprendeu desde cedo 
com seus irmãos, 
os jovens macacos véios. 

Juventude e inovação, 
tradição e modernidade, 
no seio da preguiça, 
a mais densa atividade.

Presença


Não se compra vende 
aluga outra, 
algo que se compartilha como processo.

Poesinhas


Tentando condensar em doses homeopáticas
(ou sintetizar em drogas alopáticas)
o que para mim são experiências
de vida carregadas,
aventuras saturantes,
vidas e mortes na jornada.

Minimalismos entrópicos,
percursos gerativos cósmicos,
Poesias com coisinhas.

Pisando no freio


Acelerando desenfreado pela cidade

(por chão, por terra, por ar, por onde, 
em qualquer percurso, 
a paixão pelo artifício se fizer necessidade)

E, de repente, uma paisagem, 
uma moça bonita, uma flor, 
o pássaro que canta toca uma música na cabeça,
a fauna e a flora.

O que é atual vira presente, 
e o presente uma dádiva.

E se esquece que a máquina range,
no sono da morte, 

e abre os olhos, ouvidos, buracos, 
para ouvir bem a vida,
o sonho da vida.

Caveira


Tradição e identidade, 
a Coroa e os piratas, 
o Estado e as putarias, 

as peles, as máscaras e as personagens, 

Castelo em chamas, 
teatro da vida performance, 
Ovo selvagem.

Ratoeira


Fechadura (P)
Ferradura (U)
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Arapuca A > B( ) > B(A)
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