22.5.16

Truco


Primeiro a gente blefa
Depois guarda a carta no monte

21.5.16

Teia




uma aranha faz rapel
na frente da tela
malabariza

12.5.16

Coragem


Na estrada da vida
perigosa
corpo

Carruagem que me carrega

Robamonte


apelido de infância
territórios poéticos
rouba versos da vida

no final ela pega tudo de volta

Desanuviei


Da escuridão do meu cérebro
uma luz entrou pela lateral esquerda
por uma janela de sótão
o dia nasce lá fora

aqui dentro

ao pé do ouvido


beleza soberana
delicada força

Cangote é cama de gato
Nariz fungando

um chêro bom

Ana Grama


Respeito
à espreita!

10.5.16

A.político


Anarquista

8.5.16

Voyeur


olhar na fechadura
encontrar a chave

Sina
Satisfação

ou antes


a vida é uma infinita possibilidade de amor

Dança do universo


meu Sol é um signo móvel

Divino manto


por cima da nudez
um vestido branco

por baixo
canto eterno

6.5.16

Acácia Mimosa


de outono a luz
da tarde o fim
carros barulhando
canto de pássaros

delicadas flores

O pavão misterioso


Abre a cauda em silêncio
noturno

quando surge
a luz da lua 
em pratas cores

teus olhos

Verão

duas cidades


uma é espelho e sarcófago
a outra, labirinto e arruaça

3.5.16

de Aquiles


tanto lugar pra olhar
e olham justo pro meu calcanhar